quinta-feira, 11 de abril de 2013

Texto fantástico de João Quadros

"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE)
demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo
Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores
portugueses."

Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez
porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de
frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco.
Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.
Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia,
sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti?

Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.

Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano.

Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém
interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras.
Fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A
minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num
supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras. Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.

Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo
marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo
marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria
quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.

Eu, às vezes penso:
O que não poupávamos se Portugal tivesse mar.

JOÃO QUADROS . NEGÓCIOS ONLINE
(TEXTO ESCRITO EM COMPLETO DESACORDO ORTOGRÁFICO)

quinta-feira, 28 de março de 2013


APAMCM - Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama


A message from the cause

APAMCM - Associação Portuguesa de Apoio à Mulher                          com cancro da mama.

 

New message about Votos de Boa Páscoa

Posted by Mafalda Pinto-Coelho (cause leader)
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PÁSCOA é dizer "SIM" ao Amor e à Vida
É investir na Fraternidade
É lutar por um Mundo melhor
É vivenciar a Solidariedade

terça-feira, 19 de março de 2013

Dia do Pai

Meu querido pai, partiste há quase 41 anos mas, contínuas comigo e sei que onde estás zelas por todos nós. Como tu gostarias de conhecer os teus bisnetos! Falo-lhes de ti,  digo-lhes que foste o melhor pai do mundo e me fazes muita falta. Tenho tantas saudades tuas! Um grande beijo.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Notícias

Que saudades eu tenho de voltar aqui!... Vou tentar arranjar uns bocadinhos para conversar convosco.
Saudações amigas
Idaldina