segunda-feira, 30 de março de 2009

A amizade

Li um post de um amigo blogueiro que me arrepiou. Queixava-se da traição de alguém que considerava seu amigo. Logo me lembrei de uma canção cujo poema foi escrito em francês, embora o seu autor seja de origem Libia - Tripoli - de seu Nome Herbert Pagani.Ele interpretava esta canção com um sentimento de força impressionante.


L'amitié

Ca fleurit comme une herbe sauvage
N'importe où, en prison, à l'école,
Tu la prends comme on prend la rougeole
Tu la prends comme on prend un virage
C'est plus fort que les liens de la famille
Et c'est moins compliqué que l'amour
Et c'est là quand t'es rond comme une bille
Et c'est là quand tu cries au secours
C'est le seul carburant qu'on connaisse
Qui augmente à mesure qu'on l'emploie
Le veilllard y retrouve sa jeunessse
Et les jeunes en ont fait une loi.

C'est la banque de toutes les tendresses
C'est une arme pour tous les combats
Ca séchauffe et ça donne du courage
Et ça n'a qu'un slogan "on partage"

Au clair de l'amitié
le ciel est plus beau
Viens boire à l'amitié
Mon ami Pierrot

L'amitié c'est un autre langage
Un regard et tu as tout compris
Et c'est comme SOS dépannage
Tu peux téléphonner jour et nuit
L'amitié c'est le faux témoignage
Qui te sauve dans un tribunal
C'est le gars qui te tourne les pages

Quand t'es seul sur un lit d'hôpital
Cest la banque de toutes les tendresses
c'est une arme pour tous les combats
Ca réchauffe et ça donne du courage
Et ça n'a qu'un slogan "on partage"

Au clair de l'amitié
Le ciel est plus beau
Viens boire à l'amitié
Mon ami Pierrot


Boa semana para todos

terça-feira, 24 de março de 2009

Dias menos bons

Ontem fui , mais uma vez, fazer um tratamenro de imunoterapia ao Hospital de Dia do Hospital dos Capuchos. A moça que está na recepção é brasileira e uma simpatía, com o seu sorriso rasgado, anima todos os que ali vão entregar o cartão onde está escrito o dia, hora e espécie de tratamento que vamos fazer. Quando uma das fadas - é assim que chamo às enfermeiras que nos tratam - me chamou dirigi-me à sala onde estavam mais doentes e esperei um pouco, pois os quimicos são preparados só quando chegamos. São doze sofás azuis que, de braços abertos, nos recebem e onde nos aninhamos durante horas - o tempo de tratamento diverge consoante os orgãos onde o cancro se alojou ou as doses de químicos que é necessário injectar.
Ontem a minha sessão durou quase três horas porque, como sofro de osteoporose, a médica de oncologia foi de opinião que deveriam acrescentar ao herceptin um medicamento para reforçar o tecido ósseo e também um saquinho com paracetamol. Uma garrafa com soro e mais quatro sacos com líqido estavam pendurados por cima da minha cabeça.
O tempo, naquela sala, não me custa a passar por duas razões ;a primeira porque somos ali tratados com carinho, aquelas raparigas não regateiam sorrisos e mimos a todos que ali estamos ; a segunda, porque sabemos que a continuação do nosso bem mais precioso, a vida, passa por aquela sala e por aquelas mãos.
Que Deus contínue a iluminar o pessoal de enfermagem daquele sector, as nossas fadas, para que as suas varinhas de condão possam dar-nos mais tempo para gozarmos a nossa família, os nossos amigos e tudo o que nos rodeia. Bem hajam.
Hoje foi um dia sofrido pois me doeram todos os ossos, tive tonturas e uma certa má disposição.
Mas, nem tudo foi mau, à noitinha falei com a minha neta, a Mónica, e a voz dela foi um bálsamo que percorreu todo o meu corpo. Ouvi, também, a vozinha do Afonso que mandou beijinho à vó. Os meus netos são tábuas de salvação que não me deixam afundar, eles dão-me tanta, tanta força...e tantos miminhos... Adoro estes meus meninos...
Espero estar melhor amanhã para poder ir buscar a minha princesa ao colégio...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Como se estraga um dia a alguém ...

O meu domingo começou tão bem... Fui à missa com a minha filha e a minnha neta, três gerações, lado a lado... Fico super feliz quando estamos juntas!
Depois da missa, diriji-me ao meu carro e ... o lado esquerdo estava todo riscado, debaixo até à altura dos fechos das portas. Perguntei ao gestor de espaço, é assim que chamo aos arrumadores, se tinha reparado no que acontecera. Segundo ele, tinha sido uma senhora com um jipe que, quando ele lhe chamou a atenção, encolheu os ombros e fugiu - foi esta a palavra que empregou. Deu-me uma matrícula que, espero seja verdadeira. Agora teremos de averiguar de quem é o carro mas eu e o meu marido não somos nada expeditos e temo que teremos de arranjar o carro e esquecer o sucedido.
A falta de consideração pelo próximo e a falta de educação põe-me fora de mim e , infelizmente, há cada vez mais gente que não sabe o que o que estas palavras querem dizer, abuliram-nas dos seus dicionários.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Dia do Pai

Querido pai
Há muito que partiste mas contínuas vivo no meu coração. Sinto que estás sempre junto a mim e me acompanhas nos bons e maus momentos. Recordo, com muita saudade, o teu olhar doce, os teus beijos meigos, os teus abraços ternurentos, as lágrimas que corriam pelas nossas faces, quando embarcavas para mais uma viagem, e a alegria imensa que sentia quando, de regresso, aparecias no convés e descias as escadas para nos abraçarmos e beijarmos. Recordo as lágrimas de alegria que brotaram dos teus lindos olhos quando soubeste que eu estava grávida e ías ser avô. O carinho, o amor que deste ao teu neto, o companheiro que foste nos passeios, nas idas aos museus, aos jardins, ao circo. Infelizmente não pudeste dar à Isabel Margarida o mesmo que deste ao Zé Paulo, pois deixaste-nos quando ela tinha apenas dois anitos.
Obrigada, paizinho, por tudo o que fizeste por mim, pela mulher que hoje sou, por todo o amor de pai e avô.
Beijos, muitos beijos da filha que te adora
Nini

terça-feira, 17 de março de 2009

Tarde maravilhosa

O dia estava lindo, muito sol e a temperatura amena convidavam a um lanchinho numa esplanada.
A Mónica gosta muito que a vamos buscar à escola. Às 16h30 lá estávamos à porta do colégio. Ela, como sempre, ficou eufórica quando nos víu. Perguntou onde íamos lanchar e eu disse-lhe que era surpresa. Como gosta muito de ir ao Corte Inglês, pois há sempre uma visitinha ao 4º andar, roupa de criança e brinquedos, calculou que seria aí o lanche. Neguei e dei-lhe uma pista - Vamos ver o rio - e ela , logo
- Belém...
O C.C.B. fora , realmente, o local escolhido pois íamos comprar bilhetes para um espectáculo , ópera " Crioulo " , cuja produção, libreto, música são de cabo-verdeanos e os cantores são também naturais do arquipélago.
Sentámo-nos na esplanada , virados para o rio e aí ficámos à convers. Vimos ainda uma exposição de pintura e só depois fomos levar a Mónica a casa.
A uma dada altura eu disse-lhe que gostava muito de conversar com ela ao que a nossa menina respondeu - Eu também adoro conversar com os avós. Claro que ficámos todos inchados.Só pudémos estar com ela cerca de três horas porque não trazia deveres para fazer em casa.
Foi uma tarde com brilho no céu e nos nossos corações.
Peço a Deus me deixe gozar estes bocadinhos por muitos mais anos.
Adoro os meus meninos e as minhas meninas, filhos e netos.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Domingo em família

Hoje, além do sol, quentinho e brilhante, que nos aqueceu e iluminou, também o calor humano fez parte do nosso domingo.
Eu a minha filha e a minha neta, três gerações, fomos assistir à missa.
Almoçámos, ao ar livre, no Campo Pequeno, com uns amigos. Éramos dez, sete adultos e três crianças.
Conversámos bastante e rimo-nos muito.
À tardinha, depois da sesta do Afonso, ainda fomos com ele ao Parque. O rapaz adora correr, jogar à bola e andar no escorrega.
Obrigada , filhotes, pelo lindo dia que nos proporcionaram...
Obrigada por nos terem dado estes dois netos msravilhosos...
Beijos risonhos para os quatro...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Sala de tratamentos

No dia 2 fui fazer mais um tratamento de imunoterapia ao Hospital dos Capuchos. Estava sentada num cadeirão, uma agulha espetada na mão com tres tubos ligados a ela e ao mesmo número de sacos, pendurados num suporte, que contêm liquidos que escorrem durante duas horas para a minha veia.
A uma dada altura, olhei para o fundo da sala, onde há uma passagem para uma casa de banho. Uma rapariga apoiada a um rapaz, também novíssimo, quase não cnseguia levantar os pés do chão. Era de estatura baixa, paracia uma criança. Tinha a cabelo muito curto, sinal de que já tinha suportado tratamentos de quimioterapia. Fiquei impressionada pois me paraeceu muito jovem. Tinha vestido um robe e nos pés sapatinhos de lã. Presumi que estaria internada e viera ali para fazer tratamento.
No dia quatro, fui a uma consulta com a minha médica de oncologia. Quando cheguei à sala de espera, foi-me dito que a doutora estava nas urgência nas salas de tratamentos a substituir uma colega. Poderiam os doentes marcar, para o dia seguinte, nova consulta ou serem atendidos no hospital de dia de quimioterapia.
Aceitei que ela me consultasse nesse dia pois tinha exames vários e análises para lhe mostrar. Quando, quem sofre de cancro, faz exames e análises, quer saber os resultados logo que possível, pois a vontade que lhe digam que está tudo bem é enorme.
Quando esperava pela médica, que atendia um paciente na Sala de Observação, chegam dois bombeiros que transportavam uma maca vazia. Da sala de observação, que comporta vários doentes, saíu um rapaz que disse a uma enfermeira:- A minha irmã já acabou o tratamento e a Doutoura já lhe deu alta. Ela diz que tem fome. A enfermeira chamou uma auxiliar que de imedito foi saber o que a doente queria comer. Passados uns minutos lá entrava, novamente, a auxiliar, com um tabuleiro onde se viam um copo de leite e um prato com um pãozinho.
Passado um bocado, saía da sala a mesma mocinha que eu vira no dia do meu tratamento.
A enfermeira ajudou-a a subir para a maca. Deu-lhe vários beijos e chamou-a pelo nome. Deitada na maca lá seguiu a A. para casa. Quando passou por mim fiz-lhe o melhor dos meus sorrisos que ela retribuiu.
A A. não sabe, mas , desde essa noite, não a esqueço nas minhas orações.
Quando a médica me comunicou que os meus exames e análises estavam perfeitos, fiz-lhe o mesmo sorriso, que aquela moça tão nova, já vira nos meus lábios.

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

É muito penoso, para mim, escrever algo sobre este dia, por várias razões.
Sem qualquer ordem, elas aqui vão:
- As mulheres são maltratadas e não respeitadas em muitos países
- Em Portugal, no ano de 2008, a violência doméstica causou a morte a cerca
50 mulheres e danos físicos e psicológicos a muitas mais
- Há algumas empresas que pagam, pelo mesmo trabalho, salários mais baixos às
mulheres
- Há cotas para a entrada de mulheres para cargos politicos.
Quantas mulheres são conhecidas nos Conselhos de Administração dos Bancos, das Companhias de Seguros, das grandes empresas nacionais?
Os dias das mulheres são todos os dias de cada ano. Elas trabalham para o patrão, cuidam da casa, dos filhos, do marido. Quantas vezes o seu esforço é reconhecido?
Já todos ouviram dizer:- Ela não faz nada, trabalha em casa! Só quem nunca teve a seu cargo o trabalho de uma casa de família poderá usar esta frase.
Claro que, como em tudo, há excepções!
Parabéns a todas as mulheres, por este dia e por todos os que seguem.
Mulher é Vida!

sábado, 7 de março de 2009

Teenager por quatro horas

Olá,amigos! Obrigada pela vossa força e preocupação!
Vou passar a explicar-vos o título desta mensagem. É verdade, ontem fui teenager por quatro horas. A Isabel e o Rui resolveram fazer um programinha nocturno com uns amigos, jantar e assistir a um estectáculo. Fomos, eu e meu marido, para casa deles para tomarmos conta da Mónica e do Afonso aos quais se juntaram as filhotas dos amigos, de 16 e 14 anos, penso que não estou a errar e as idades são estas. Encomendaram-se pizzas, que regadas com coca-cola e sumo, foram o nosso jantar. O Afonso comeu a sua sopinha e depois bolo (disse-me que não queria pizza, para ele aquela coisa redonda era um bolo)e uma grande pera - dá gosto ver o meu menino comer! A Mónica, uma das amigas - a outra não se juntou à nossa iguaria porque tem um aparelho nos dentes, fez uma refeição diferente - e nós avós deliciámo-nos com a invenção italiana.
As três meninas, que já tinham arranjado a mesa, tiraram a loiça suja que meteram na máquina. Umas ajudantes de primeira!
Já na sala, o avô lia o jornal, eu brincava com o Afonso e as pequenas viam um filme com muita música e iam cantando as que conheciam.
Chegada a hora do óó fui deitar o pequenito que ontem ficou acordado até mais tarde porque era sábado.
Quando os pais chegaram pedi-lhes que fizessem mais saídas pois foi óptimo estar com a pequenada.
A Mónica diz que elas é que tomam conta de nós, os avós.
Sinto-me tão feliz quando estou com os meus netos, eles dão-me força para enfrentar esta fase menos boa da minha vida.Adoramos estes miúdos!!!!