sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Quadros pintados pelo meu marido




Quadros pintados pelo meu marido





Cabeção - Alentejo



Passeio a Mora e Cabeção

Ontem fomos trinta e nove, ex colegas, já todos reformados, almoçar a Cabeção.
Todos os meses organizamos um almoço para nos juntarmos, conversarmos, e continuarmos uma amizade que sempre mantivémos enquanto trabalhávamos.
Recordamos situações boas ou menos boas que passámos no nosso local de trabalho e nas viagens que fizemos, rimos muito e divertimo-nos imenso.
Começámos por combinar almoços em Lisboa ou nos arredores mas há uns tempos resolvemos que de vez em quando alugaríamos um autocarro e juntaríamos ao almoço um passeio. Este mês decidimos ir ao Fluviário de Mora e depois da visita seguimos para Cabeção onde saboreámos a sopa de cação, as migas com espargos do campo, a sericaia com ameixa e, claro, para regar tudo isto, vinho de cabeção.
Depois do repasto tipicamente alentejano caminhámos um pouco e tirámos umas fotos.
O dia estava óptimo e o Alentejo sempre bonito.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Exposição de Pintura do Chico

Dia 17 de fevereiro - Inauguração da exposição de pintura do meu marido.
Hoje foi mais um dia muito feliz para nós. Pela primeira vez o Chico expôs individualmente. Já esteve em algumas colectivas. Foi à exposição um colega que frequentou com ele o 6º e 7º ano do liceu e depois o curso de arquitectura. Apareceram colegas de trabalho que não víamos há anos e vários amigos.
Num ambiente muito agradável estivemos em amena cavaqueira.
Todos gostaram dos quadros, realmente estão muito bem pintados. Claro que eu sou suspeita mas ele desenha e pinta muito bem. Estou muito orgulhosa do meu pintor, Deus lhe dê saúde para continuar.
Tudo de bom, amigos
Idaldina

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Amigos

Muito agradecida, meus amigos, pela vossa força.
É reconfortante saber que, apesar de não me conhecerem, me querem bem! São pessoas como vós que me ajudam a querer viver, a querer estar aqui, a querer vencer!
Tambem a minha linda família tem contribuido para que eu enfrente este mal com toda a coragem do mundo.
No domingo tivémos um dia lindo! A minha neta Mónica, a minha menina, fez a sua primeira comunhão. Estava linda e tão feliz! Os pais não escondiam o contentamento de ver na filhota uma menina mais "crescida" e mais responsável. O mano , mesmo não percebendo o que se passava, estava tão feliz, tão contente!
Os olhos da bivó - 88 anos - brilhavam quando olhava os bisnetos. O tio, vaidoso dos seus sobrinhos, foi o fotógrafo de serviço. Os avós babadíssimos pelos netos maravilhosos, ternurentos e meigos.
Foi uma reunião de família maravilhosa, todos adorámos.
Como poderia eu deixar-me abater por um qualquer mal com esta família a apoiar-me?
Nunca me verão triste, seria ingratidão da minha parte.
A vida é linda! Quero viver!
Muitos sorrisos para todos vocês.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Cancro da mama

... 29 de Junho de 2007 às 15h30, tinha marcação num consultório de radiologia para fazer a mamografia e ecografia mamária que, anualmente desde os 39 anos, realizava.
Depois dos exames a radiologista mostra-me uma mancha minuscula na mama direita e diz-me que aquela calcificação era duvidosa e que eu deveria ir fazer uma biópsia.
Não sei se o que senti foi medo ou preocupação mas no meio do peito ficou um nó.
Logo que tive os exames em meu poder fui mostrá-los a um moço, por quem tenho um carinho muito especial - ele chama-me de mãe adoptiva -, que é neurologista. Aconselhou-me a contactar, de imediato, um cirurgião amigo. Assim fiz, o Dr. D. foi de opinião que em vez de fazer a biópsia seria de retirar a calcificação e mandar analisar. Dia 27 de Julho foi-me retirado o tumor e 3 dias passados regressei a casa.
A análise , em príncipio, viria daí a 3 ou 4 semanas, mas nos meses de verão poderia levar mais tempo a ter o resultado.
Tínhamos, eu e meu marido, minha filha e marido e meus netos quartos marcados num hotel do Algarve para passar uns dias de férias. Exatamente no dia em que regressávamos estávamos à borda da piscina quando oiço a voz do Ivan Lins " Quando ela passa por mim Rio de Janeiro de mais, mesmo que estivesse em Berlim eu veria logo os sinais ", era o meu celular que tocava.
Atendi, do outro lado a voz simpática do meu cirurgião a comunicar-me que no dia seguinte teria de voltar ao hospital para me esvaziarem os ganglios linfáticos pois na análise ao tumor apareceram células malignas.
Foi impossível esconder da minha família mas não perdi a força embora o tal nó permanecesse exactamente no mesmo local desde o dia 29 de Junho. Eu não podia fraquejar e muito menos deixar que eles ficassem mais preocupados do que já estavam.
Dia 4 de Setembro fui internada, conversei com o pessoal de enfermagem e com outras doentes a quem dei um pouco de coragem e que ainda fiz rir com as parvoíces que disse.
Fazer o quê? Eu estava bem, tinha que animar quem se sentia mal.
No dia seguinte levaram-me para o bloco. Antes tinha tomado um comprimido que quase me pôs a dormir. Na primeira cirurgia consegui contar uma anedota à anestesista e técnicas do bloco, quando "apaguei" estava a rir.
No dia seguinte vim para casa aguardar que passassem mais 3 semanas ao fim das quais houve o resultado da análise. Por um dos ganglios haviam passado células malignas.
Seguiu-se a quimioterapia, os enjôos, as aftas e o que seria mais visível, a queda do cabelo. Eu estava avisada pela médica oncologista que do 2º para o 3º tratamento os cabelos começariam a abandonar o seu posto. Nas duas semanas a seguir à 1ª dose de quimio a escova começou a trazer os fios que no seu conjunto embelezam qualquer rosto. Foi fácil chegar ao salão de cabeleireiro e pedir que me rapassem a cabeça.
Foi fácil, mas havia uma enorme preocupação. Como aceitaria a Mónica o meu novo look? Ela que já andava tão preocupada com as minhas operações!?
O meu marido tirou-me uma foto com o telemóvel e enviou para a minha filha. Logo recebi uma mensagem - Vó, pareces uma cantora! Foi um alívio.
Atrás da químio veio a radioterapia e desde Junho a imunoterapia, que vai durar até Maio.
Já devem estar aborrecidos, hoje alonguei-me, mas tenho de lhes dizer que choro a ler certos livros, choro no cinema, choro a ver noticiarios, mas.... ainda não chorei uma lágrima pela doença que me atingiu. Acham que um cancro merece que eu gaste lágrimas por ele? Não lhe dou esse prazer!
Com a força que recebo da minha família , dos meus amigos e com a ajuda de Deus eu vou superar esta fase menos boa da minha vida!
Peço a todas as mulheres que lerem este post: - Não deixem de fazer o rastreio, não se descuidem.
Aos homens que tiveram a paciência de chegar até aqui:- Avisem as vossas mulheres, as vossas mães, as vossas filhas, as vossas amigas.
É preciso lutar contra este mal, o cancro não pode vencer-nos!
Façam o favor de ser felizes!
Idaldina

P.S. - O nó contínua exactamente no mesmo lugar, penso que arranjei um companheiro para a vida!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ser Forte!

Espreitando um blog, li este texto de autor desconhecido que não resisti a copiar aqui.
E se eu , hoje, precisava de força...!!!!
Gostei de ler estas linhas e fiquei feliz, sou FORTE!!!


Ser Forte ! Ser forte é amar alguém em silêncio Ser forte é deixar-amar por alguém que não se ama Ser forte é fingir alegria quando não se sente Ser forte é sorrir quando se deseja chorar Ser forte é consolar quando se precisa de consolo Ser forte é calar quando o ideal seria gritar a todos sua angústia Ser forte é irradiar felicidade quando se é infeliz Ser forte é esperar quando não se acredita no retorno Ser forte é manter-se calmo no desespero Ser forte é elogiar quando se tem vontade de maldizer Ser forte é fazer alguém feliz quando se tem o coração em pedaços Ser forte é ter fé naquilo que não se acredita Ser forte é perdoar alguém que não merece o perdão. Por mais difícil que seja a vida, "ame-a", seja forte.

Autor Desconhecido

Uma boa semana para todos!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

"Morna" e guerra

Se há palavras verdadeiramente incompatíveis, "morna" e guerra são duas delas.
"Morna", a música de cabo verde é lenta, lânguida, romântica. Morná é, em crioulo, dançar a morna.
Como já vos disse nasci em S.Vicente - Cabo Verde - mas vim para Lisboa com dois anos e não voltei lá até que, em 1969 fui trabalhar, destacada pela minha empresa para a ilha do Sal.
Fiquei muito feliz pois ía conhecer a minha terra. Todas as sextas feiras à tarde viajava para S.Vicente de onde regressava segunda feira . A minha avó materna e vários primos ainda lá viviam.
Nessa altura a guerra do ultramar, como lhe chamavam, estava acesa nas colónias, províncias ultramarinas como eram apelidadas no "tempo do outro senhor".
Os tropas, que tinham sido enviados para Cabo Verde, onde nunca houve guerra , viveram ali uma campanha serena de convívio com os cabo-verdeanos , fizeram no arquipélago grandes amizades e muitos casaram com naturais das ilhas.
Nessa altura provou-se que morna não tem a ver com guerra. Agora também a "morna" e a guerra nâo se vão encontrar. Cesária Évora, a diva dos pés descalços que tem levado a morna a todo o Mundo, acaba de cancelar dois concertos em Israel. Não canta em países em guerra. O meu aplauso, Size!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mudança de visual

Tenho estado ausente pois, por motivos de saúde, não devo "teclar" em demasia. Podem alguns amigos notar que não tenho comentado os seus postes mas o motivo é o que expliquei acima. Não vos esqueço e vou lendo o que escrevem.
Hoje com a ajuda da minha filhota mudei o visual deste blog. A foto que está no cimo é de um pedacinho da ilha onde nasci, S. Vicente. Ao fundo podem ver um monte com o formato de uma cara, nome pelo qual é conhecido.
Pensei que poderia prestar uma homenagem ao imenso mar azul que banha a ilha e encontrei estes peixes tropicais que não ficaram aqui nada mal. Gostam?
O peixe é o alimento principal dos habitantes da ilha. Eu costumo dizer que enquanto houver mar não há fome. O atum é o predilecto e confeciona-se de todas as maneiras, arroz de atum, atum estufado, bifes de atum e até , não vão acreditar, canja de atum. A canja de atum é um prato indispensável em qualquer festa. Os meus patrícios são muito alegres e qualquer comemoração tem sempre música e dura até de madrugada. Todos dançam, todos sabem dançar. Quando começam a andar logo lhes salta o pézinho para a dança. Não conheço nenhum caboverdeano ou caboverdeana com pé de chumbo.
Voltando à canja, depois de se dançar horas seguidas há sempre, alta madrugada, um prato de canja para recuperar as forças. E sabe tão bem!
Ainda hoje adoro dançar embora com mais moderação, mas não digo que não a uma morna, nem à canjinha, claro!
Uma boa semana para todos
Idaldina